segunda-feira, 26 de outubro de 2009

BOCA A BOCA: uma discussão no ar

No último dia 25 de outubro - DIA DO DENTISTA - foi lançado em Poços de Caldas o documentário BOCA A BOCA (lançamento nacional de 25/10 à 31/10).
Após enorme esforço de divulgação - jornais locais, emissoras de televisão, entrega de convites, envio de e-mails, entre outros - ficamos um pouco frustrados perante ao pequeno público presente, principalmente a ausencia da classe odontológica. Mas quem se interessa por saúde bucal, ainda mais de pessoas que não podem pagar por ela?
Apesar disso, nossa grande satisfação foi, ao término do filme, sermos questionados pela atuação do projeto DENSISTA DO BEM, adesão dos profissionais, e principalmente como podem ser resolvidos os problemas apresentados durante todo o documentário. Um grande debate acabou acontecendo, sem julgamentos de quem está certo ou errado, apenas apontando o grande problema que existe e que ninguém - ou quase ninguém - vê.


?Quanto vale um sorriso? Será que o seu sorriso vale mais que o meu?

Agradecemos imensamente o apoio de:

- Instituto Moreira Salles (especialmente à Sra. Vera e funcionários Fred, Rovilson e Mariza);
- Fabio Junio Produções, pela ajuda na divulgação do evento;
- Paulo Pioli, da "Praça é Nossa" (SBT), que fez a abertura e o encerramento da sessão;
- Aos músicos Rodrigo Lee (voz), Alessandro Mendes (violão) e Luciano Salles (piano e violão), que fizeram uma belíssima abertura musical;
- Vereadora Ciça, que nos ajudou imensamente na divulgação na câmara dos vereadores e imprensa local;
- Às colegas Patrícia Miranda (coordenadora de Caldas) e Viviane (coordenadora de Santa Rita de Caldas, pelo apoio durante o debate;
- Às secretárias Ana Lúcia e Jaqueline, pelo esforço e dedicação na entrega dos convites.











Agradecemos a todos que estiveram presentes, em especial à vereadora Ciça Opipari, ao vereador Álvaro Cagnani e ao Sr. Claudinet Venafro, assessor parlamentar do deputado Carlos Mosconi

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

BOCA A BOCA: uma discussão que o Brasil precisa enfrentar


Será lançado no dia 25 de outubro - DIA DO DENTISTA - em Poços de Caldas o documentário que promete mudar a visão dos brasileiros a respeito de uma de suas maiores calamidades: a saúde bucal.

Você já sorriu hoje? Se a resposta é sim, sinta-se um privilegiado. Diariamente, milhões de brasileiros que aprenderam a viver com dos nos dentes - ou que simplesmente não os tem mais - são impedidos de comer, beijar, sorrir, viver em comunidade.

O que o país tem feito por eles? Muito pouco. E é do desejo de denunciar essa realidade que nasceu o documentário BOCA A BOCA. O filme propõe uma discussão sobre a precária condição de saúde bucal dos brasileiros, o papel de governos e empresas na perpetuação dessa precariedade e o que a sociedade civil mobilizada tem tentado fazer para mudar esse cenário.

O filme tem como fio condutor a história de 6 crianças e jovens com problemas bucais atendidas pelo projeto DENTISTA DO BEM, criado em 2002 pela ONG TURMA DO BEM.

O projeto reúne hoje quase 6 mil dentistas voluntários de todo Brasil e alguns países da América Latina, que atendem gratuitamente em seus consultórios crianças de baixa renda com graves problemas de saúde bucal. Uma grande e importante iniciativa, e conta com resultados efetivos - 75 mil crianças já foram triadas e cerca de 12 mil já foram atendidas - mas que obviamente não dará conta de nossa realidade de 25 milhões de desdentados.

É sobre essas milhões de pessoas que o filme quer falar, dando voz a representantes do governo, estudantes de odontologia, empreendedores sociais, artistas comprometidos em causas sociais - e, principalmente, o povo nas ruas.


LOCAL: Instituto Moreira Salles

DATA: 25 de outubro

HORARIO: 19:00hs

ABERTURA MUSICAL: Alessandro Mendes, Luciano Salles e Rodrigo Lee

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ESMALTE DOS DENTES INSPIRA NOVOS MATERIAIS PARA INDÚSTRIA AEROESPACIAL


Você já deve ter ouvido falar que o esmalte dos dentes é a parte mais dura do corpo humano. Contudo, do ponto de vista da sua composição, o esmalte é uma espécie de cerâmica mineral que não é mais dura do que um vidro comum.
Se o segredo da sua resistência estivesse unicamente na sua composição mineral, não seria necessário morder uma castanha para que o esmalte se quebrasse inteiramente.
Mas isto não acontece e a razão pela qual o dente suporta quantidades gigantescas de pressão tem sido um mistério para os cientistas.
Agora, um grupo internacional de pesquisadores utilizou ferramentas sofisticadas de imageamento e testes exaustivos com dentes extraídos para tentar desvendar a estrutura do esmalte dos dentes. E a busca parece ter sido frutífera.
A resposta está na estrutura altamente sofisticada dos dentes, que é a responsável por mantê-los íntegros. "Os dentes são feitos de um material compósito extremamente sofisticado que reage de forma extraordinária quando submetido a fortes pressões," explica o professor Herzl Chai, principal autor do estudo.
Uma curiosidade é que o professor Chai não é dentista - ele é engenheiro aeronáutico. E ele tampouco começou a pesquisar o esmalte dos dentes por acaso - seu interesse está no desenvolvimento de materiais que sejam mais leves e mais resistentes, superiores aos compósitos e fibras de carbono atualmente utilizados nos aviões mais modernos.
A indústria aeroespacial e automotiva usa materiais sofisticados para suportar grandes pressões e evitar que as peças se quebrem sob impacto. Por exemplo, os aviões mais modernos estão sendo fabricados com materiais compósitos formados pela justaposição de camadas de fibras de vidro e fibras de carbono, coladas por uma resina.
Apesar do apelo high-tech desses aviões e da estrutura dos carros de Fórmula 1, esses materiais de última geração não se comparam com o esmalte dos nossos dentes quando o assunto é a resistência. Mas os resultados da pesquisa do grupo do professor Chai poderão ajudar a diminuir a distância que os separa.
Nos dentes, as "fibras" não são dispostas na forma de uma rede, como nos compósitos de fibra de carbono - elas são tecidas na forma de ondas. Há hierarquias de fibras e matrizes arranjadas em diversas camadas, ao contrário das camadas de espessura fixa dos compósitos usados nos carros e nos aviões.
Quando é submetida à pressão mecânica, essa arquitetura ondulada não oferece um caminho óbvio para que o estresse se espalhe, o que resultaria na sua quebra imediata naquela direção. Em vez disso, o estresse se espalha de forma mais ou menos aleatória, criando microfissuras que absorvem a pressão em conjunto, evitando rachaduras maiores e quebras.
Os pesquisadores afirmam que, ao desvendar essa estrutura, assim como entender o seu funcionamento, eles agora terão condições de projetar materiais sintéticos muito mais resistentes do que os atuais, incluindo compósitos para uso aeronáutico, que serão mais resistentes e poderão ainda mais leves do que os atuais.
O dente tem uma vantagem adicional difícil de equiparar: ele é capaz de se recuperar das microfissuras. Mas os engenheiros estão trabalhando também nesse caminho - outras pesquisas já demonstraram que é possível incluir a autocicatrização até em metais.
Embora a criação de carros e aviões autocicatrizantes seja um objetivo distante no futuro, esta pesquisa permitirá que os engenheiros comecem já a desenvolver materiais significativamente mais resistentes do que os atuais, ainda que não tão duráveis quanto o esmalte dos nossos dentes.